domingo, 13 de janeiro de 2008

Pra ser lembrada

Eu não sei como meus alunos vão se lembrar de mim num futuro não muito distante. Se é que vão se lembrar. Talvez eu fique na memória deles como a professora do cabelo estranho que era incapaz de organizar uma lousa decentemente. As meninas talvez lembrem de mim como aquela das roupas legais. Pode ser que algum moleque me agradeça no futuro por ter apresentado Dave Matthews Band a ele e tenho certeza que tem gente que vai me odiar pra sempre por uma nota baixa considerada, na época, uma injustiça suprema. Alguns vão repetir meus trava-línguas para as próximas gerações, um ou outro talvez me credite seu ódio eterno pela língua de Shakespeare e a maioria, provavelmente, vai simplesmente me esquecer. Normal. Vou listar aqui alguns professores dos quais eu não esqueci, por motivos diversos:
Silvana (Jardim 3) – Me ensinou a ler, a diferenciar os números pares dos ímpares e a amarrar o cadarço do tênis. Também colocou um desenho meu em uma prova, para orgulho de dona Neide (que de tão orgulhosa esqueceu de guardar o teste).

Maria Célia (História, 6ª série) – Falava Francês, nos obrigava a forrar a carteira com uma toalhinha durante a aula e só aceitava as provas respondidas com caneta preta. Minha professora preferida de todos os tempos, de longe.

Lúcia (Geografia, 6ª série) – Japonesa hippie que ia dar aulas de chuteira e falava sobre reencarnação e experiências extra corporais.

Cacilda (Matemática, 7ª série) – Tem como esquecer uma professora chamada Cacilda?

Lúcia II (Física, 8ª série) – Japonesa também, usava uns saltos imensos e fazia desenhos ótimos. Era engraçada. Foi a única vez que me diverti estudando Física.

Ruiva estranha (Química, 1º colegial) – Não lembro o nome dela, mas lembro que ela vestia SEMPRE, sem exceção, legging, camiseta e tênis conga, tudo da mesma cor.

Diamantino (Química, 2º colegial) – Explicava química orgânica como ninguém, deixava a gente colar na prova e nos apresentou a teoria de Thantofazz.

Sílvia (Biologia, 2º colegial) – Dizia que os grandes amores da vida dela eram a filha, o Fábio Júnior, o sistema digestivo e o marido. Nessa ordem.

Márcia (Inglês, 2º colegial) – Estava se divorciando e passava aula toda falando mal do marido e contando os podres da família dele.

Maurício (Geografia, cursinho) – Úníco professor realmente pegável que eu tive.

Depois veio a faculdade, pródiga em professores figura. Esses merecem posts inteiros pra cada um. Qualquer dia eu conto.

3 comentários:

Red disse...

Ri feito ameba e levei enrabada do chefe. Obrigada!

VJC disse...

Vi que vc deixou uma mensagem no mueu blog naquele post sobre sobrenomes...
Putz, vc tem nome de azeite mesmo. Se tivesse te conhecido antes vc correria grande risco de entrar na pauta.
Gostei tbm do Tia Paula.

Mary Poppins de TPM disse...

Realmente professores marcam nossa vida. Tenho varios, os melhores estao sempre na faculdade mesmo, rendem estorias hilarias
Tb tive um que marcou por ser pegavel, tao pegavel que peguei por 4 anos!
Ah! Fiz meu blog! E a Renata (ex-CNA)