segunda-feira, 26 de maio de 2008

Aluna chega para uma colega minha: "Tchitcher, sabe por que as crianças japonesas são melhores que as outras?"
Colega, esperando piadinha preconceituosa, responde: "Não..."
Aluna: "Porque estão mais longe, tchitcher!"

Preciso dizer que a-do-rei?

domingo, 25 de maio de 2008

Voltei para a segunda série

Aula de idiomatismos e coloquialismos da língua Inglesa. A professora é gente boa, prepara uma aula caprichada e nos deu uma bibliografia excelente para o embasamento teórico do assunto. Os burros da pós não gostam dela porque ela "manda muita coisa pra ler". Não entendem a função dos textos sobre metáfora e produção lexical que ela manda. Queriam que ela fizesse uma lista de expressões coloquiais em Inglês e mandasse a gente fazer em casa. Sim, o povo lá da pós graduação pensa que está no Fisk.
Acontece que ontem, em cinco minutos, eu me tornei a mala da classe por causa dessa professora. Desde o início do curso estava previsto que a avaliação seria uma prova. Ótimo. Me preparei para fazer prova. Deixei a leitura dos textos em dia, tirei dúvidas pra não ter que me matar de véspera (oi, eu sou CDF), estava amando a idéia de ser prova já que isso implica em muito menos tempo dispendido. Pois uma idiota ontem foi pedir à professora para, ao invés de prova, dar um trabalho como avaliação. E a professora teve a brilhante idéia de perguntar para a sala o que eles preferiam.
Começou o tormento. A duas semanas do fim do curso, como é que um trabalho teoricamente decente pode sair? Sim, porque a sugestão do povo foi pegar um corpus de inglês falado (tipo um seriado) e listar as expressões idiomáticas naquele corpus. E isso até o queridão, que é químico, pode fazer. Fiquei puta. Briguei com o povo, fui falar coma professora, achei o cúmulo querer mudar as regras do negócio a duas semanas do fim do módulo. E ainda fui chamada de egoísta, não estava pensando em quem ia bombar na prova... Respondi que NINGUÉM ia bombar na prova, todo mundo lá é alfabetizado, fez faculdade, consegue tomar sorvete sozinho sem enfiar na testa e a matéria pra estudar não é, sei lá, filosofia em Hebraico.
O que me irrita não é ter que fazer um trabalho. Se o povo quisesse trabalho para ter mais tempo de pesquisar, se aprofundar no assunto, fazer uma coisa legal, tudo bem. Mas eles querem trabalho porque têm MEDO de fazer prova. MEDO! Voltei para a segunda série e não me avisaram.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Coordenadora da tia Paula deixa um bilhetinho educado como ele só pedindo para que eu não deixe meus papéis dentro do diário de classe porque atrapalha a secretaria.

1. Eu SEMPRE deixei meus papéis dentro do diário e só agora resolveram reclamar?

2. Os papéis consistem no meu calendário, meu planejamento de aulas e redações para devolver aos alunos. ONDE mais eu poderia deixa-los senão dentro do diário?

3. Não é possível que dê tanto trabalho assim separar meia dúzia de folhas para conferir as faltas dos alunos.

4. Sim, tia Paula está num mau humor do cão.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Faltam só seis anos...

E aí a quarta série fez uns cartazes sobre o clima durante a semana (eles aprenderam sunny, cold, windy, rainy, etc...), com desenhos e tal. Como eram vários cartazes e pouco mural, fiz uma votação. O primeiro e o segundo colocado ficariam expostos para a turma. Anunciei ontem que votação seria hoje.
Pois o cartaz mais caprichado ficou em segundo lugar e um meia boca ganhou. Quando eu estava pendurando os dois, uma das garotas me conta, na maior inocência: "ah, mas eu votei no da fulaninha porque ela me prometeu o adesivo da Pucca..."
Diante da denúncia, instaurei a CPI dos cartazes e concluí que a pequena corrupta tinha deliberadamente COMPRADO os dez votos no seu trabalho com balas e adesivos.
Daqui a seis anos essa turma estará habilitada a votar de verdade. E daqui a oito ela será OBRIGADA a votar de verdade.

domingo, 11 de maio de 2008

Fui prestar concurso para analista pedagógica do SESI hoje e cheguei à seguinte conclusão: como tem professor querendo mudar de profissão!

sábado, 10 de maio de 2008

Eu não vou pro céu!

Apesar de pagar minha cota de pecados aqui na terra mesmo domando meus monstrinhos diariamente, tem dias que eu acho que não vai ser suficiente.
Uma professora hoje na pós pediu alguns minutos do final da aula para divulgar a ONG de uma amiga dela, que ensina Inglês para crianças carentes. Estava lá, maravilhada, explicando como tudo funcionava bem, porque o Inglês tem que fazer parte do cotidiano delas e blá blá blá, e resolveu exemplificar:
"No final das contas, elas conhecem Inglês... O Inglês está presente na vida delas em música, filmes (oi tia, eles só assistem filme dublado), video games..." ao que tia Paula completou, baixinho, lá no fundão: "... no nome dos irmãos...".

Definitivamente não vai ter lugar ao lado de São Pedro pra mim!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Tá, eu pedi para ouvir essa!

Tia Paula: "Isabela, qual parte do 'não vamos cantar no meio da aula' você não entendeu?"

Isabela: "A parte do 'não', teacher."