domingo, 25 de maio de 2008

Voltei para a segunda série

Aula de idiomatismos e coloquialismos da língua Inglesa. A professora é gente boa, prepara uma aula caprichada e nos deu uma bibliografia excelente para o embasamento teórico do assunto. Os burros da pós não gostam dela porque ela "manda muita coisa pra ler". Não entendem a função dos textos sobre metáfora e produção lexical que ela manda. Queriam que ela fizesse uma lista de expressões coloquiais em Inglês e mandasse a gente fazer em casa. Sim, o povo lá da pós graduação pensa que está no Fisk.
Acontece que ontem, em cinco minutos, eu me tornei a mala da classe por causa dessa professora. Desde o início do curso estava previsto que a avaliação seria uma prova. Ótimo. Me preparei para fazer prova. Deixei a leitura dos textos em dia, tirei dúvidas pra não ter que me matar de véspera (oi, eu sou CDF), estava amando a idéia de ser prova já que isso implica em muito menos tempo dispendido. Pois uma idiota ontem foi pedir à professora para, ao invés de prova, dar um trabalho como avaliação. E a professora teve a brilhante idéia de perguntar para a sala o que eles preferiam.
Começou o tormento. A duas semanas do fim do curso, como é que um trabalho teoricamente decente pode sair? Sim, porque a sugestão do povo foi pegar um corpus de inglês falado (tipo um seriado) e listar as expressões idiomáticas naquele corpus. E isso até o queridão, que é químico, pode fazer. Fiquei puta. Briguei com o povo, fui falar coma professora, achei o cúmulo querer mudar as regras do negócio a duas semanas do fim do módulo. E ainda fui chamada de egoísta, não estava pensando em quem ia bombar na prova... Respondi que NINGUÉM ia bombar na prova, todo mundo lá é alfabetizado, fez faculdade, consegue tomar sorvete sozinho sem enfiar na testa e a matéria pra estudar não é, sei lá, filosofia em Hebraico.
O que me irrita não é ter que fazer um trabalho. Se o povo quisesse trabalho para ter mais tempo de pesquisar, se aprofundar no assunto, fazer uma coisa legal, tudo bem. Mas eles querem trabalho porque têm MEDO de fazer prova. MEDO! Voltei para a segunda série e não me avisaram.

4 comentários:

Carlota disse...

Apoiada!!!
Eu também tenho esse trauma de trabalhos. Preciso de semaaaaanas pra conseguir fazer alguma coisa decente, preparação, revisão, etc. Agora, uma prova? É só ler o conteúdo, minha gente! É tão previsível...
Êta povo burro!!!
Beijos!!!

Tio Xavier™ 4.5 Plus disse...

Depois que a IBM definiu os comandos CTRL+C e CTRL+V, já no tempo do bom e velho DOS, a mediocridade estudantil passou a preferir os trabalhos a qualquer outro tipo de exame.

Saudades das bibliotecas disputadas, dos volumes pesados para consultar e das folhas de papel almaço pautadas. Aquilo sim rendia trabalho... O resto é estudante de pós e de mestrado com preguiça.

Gabriela Martins disse...

No caso aí o problema maior não é preferir trabalho ou prova (eu tb prefiro trabalho, basta que o professor cobre um certo raciocínio ali que resolve o problema do copy/paste). O problema foi terem pedido pra mudar as regras do jogo nos 45 minutos do segundo tempo. Sacanagem com quem se preparou pra prova.

Aliás, no momento estou com uma matéria cujo andamento está péssimo. A prof. titular a deu mal e porcamente até a metade, se afastou no meio do período (tramóias politicas, dizem as más linguas), e faltando um mês pra terminar a nova professora quer dar trabalho escrito E seminário.

Bizarro disse...

Ou xit, que bosta heim, tia?