terça-feira, 3 de abril de 2007
De como nem tudo está perdido
Descendo pela escada rolante do metrô ouço, atrás de mim, um pai que avisa à filha pequena: “Segura na parte preta, Bia! Segura na parte preta!”. Automaticamente alcancei o corrimão. Nem me lembro quando foi a última vez que segurei num corrimão de escada rolante, mas achei que deveria dar o exemplo. É assim que as coisas funcionam com as crianças – conviver com elas é aprender tudo de novo. É lembrar de atravessar a rua na faixa de pedestres, de esperar todo mundo sair do trem para poder entrar, de comer verduras, de dizer “obrigado” e “por favor”. Coisas pequenas, fundamentais que nós, adultos burros, estressados e cascas-grossa temos mania de esquecer.
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2 comentários:
e a maior lição de todas: jamais jamais fazer fofoquinhas na frente da sua filha de 4 anos, porque um dia ela vai te entregar.
Às vezes me esqueço dessa parte da história e sento sobre a carteira com os dois pés carimbando a cadeira durante as minhas explicações.
Também desconsidero e antepenúltimo, o penúltimo e o último degrau das escadas do colégio. Não sou pedagoga, cacete!
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